terça-feira, 12 de outubro de 2010

ERAS PARA MIM

Eras para mim
um misto de encanto
um pouco de sonho
nos meus olhos voando
E quando te vi
teus olhos me sorriram
teus lábios rubros de rubi
lúbricos se abriram
nossos corações
agarrados dançaram
musicas de emoção
pérolas que ficaram
enchendo as almas
suando as peles
que brilhantes de amor
nos deixaram enertes.

jorge d'alte

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Tonecas e a Micas

O Tonecas e a Micas resolveram ir à cidade.
Tonecas vestiu o seu fato domingueiro de tom pardo e ajeitava o seu bigodinho, quando Micas desesperada entrava no quarto e pegando na sua mão o puxava.
Bamos amore ca camionete não espera.
Micas loira e rechonchuda vestia uma blusa e uma mini saia de sarja que fazia sobressair o seu traseiro. O seu andar apressado fazia vacilar os altos tacões que feriam as pedras do caminho.
Tonecas esbaforido suava para a acompanhar. Queria ter ficado em casa quietinho no sofá vendo a sua série preferida e como sempre acabando por passar pelas brásas.
Anda home assobe ca coisa bai andare.
Entretanto Micas encalhara na subida dos degraus. A mini era tão apertada que de tão esticada gemia prometendo rebentar a qualquer momento. O motorista tinha o motor ligado e estava danado já estavam atrasados e aquela avantesma não subia os degraus. Por isso puxava por ela, que gritava:
Ò tonecas dá cá uma ajuda. E agora eram dois a puxarem por ela mas o rabo pesava e ela não arredava.
Tonecas teve uma ideia, saiu pela porta de trás empurrando agora aquele traseiro que tão bem conhecia.
Upa amore, Assobe, arre, bamos agora!
De repente aconteceu, o rabo não subiu e desceu trazendo consigo o motorista e esparramando-se os dois encima do pobre Tonecas que abafado gemia
Tirem-me daqui seus danados!
Por fim desensarilharam-se sacudindo o pó e esticando a mini saia.
Bamos lá cagora a coisa bai.
De novo Micas ergeu a perna, pousou o pé no degrau e... encalhou!
ò sor motorista ajude aqui por favor.
Agora com o ombro no traseiro da Micas, Tonecas suava com o esforço enquanto que o motorista lá ia fazendo força naquele pedaço grande de carne que era aquele traseiro
ò sor motorista tire a mão daí que me magoa a... aaaaí gritou Micas dando um pulo e subindo de vez os degraus sentando-se no banco do motorista de pernas abertas ainda atordoada.
O Sr Fagundes que era como se chamava o motorista tinha pegado numa agulha e espetara aquele alvo rosado e fora o bastante para que este voasse subindo como um balão.
Olhando espantado aquele rabo subindo, Tonecas estendeu a mão ao sr Fagundes agradecendo a sua inspirada colaboração...mas agora a camioneta ia descendo a calçada aos solavancos a caminho da praça.
Tonecas corria gritando pela Micas que fugia.
Fagundes gritava, saia dai sua maldita...

jorge d'alte