segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

AMOR!


A alma subitamente despedaçou-se
escorrendo dentro do meu peito
cavou aquele sulco agreste e dorido
aquela dor que para mim próprio grito
As paredes outrora brancas da cor da alegria
mancham-se lentamente com o vermelho da agonia
apertam-se com o passar do tempo esmagando
cozendo bem cá dentro esta saudade que não aguento
Sinto as palavras que não digo
escuto o que digo e que não sai
e as lágrimas malditas que costumam abrandar
gelam a tua imagem serena e bela
bem no âmago do meu triste olhar
ai dores que viestes para ficar
eu vos quero renegar e não posso
pois são pedaços do meu grande amor
bocados belos de ti minha Mãe.

jorge d'alte