Nostalgia!
A roupa
desfolhando no luar morno do verão.
A carne crua
retesada nos arrepios da candura,
as mãos
naufragas vasculhando esse mar ondulado de pele,
as bocas
murmurando nas sombras, poemas que a brisa afagava,
os lábios que
como crias sedentas procuravam as mamas do beijo,
o encontro
ávido do primeiro beijo,
o caminhar
cambaleante na virgem que foste,
o deleite que
se sente na primeira vez,
o abraço que
se segue no espaço em que se sente
a verdade
pura da palavra amar.
Jorge d'Alte