sábado, 18 de março de 2023

FIM DE UM SONHO

Estendo a mão
sustenho o tempo
no horizonte maior
onde na crista dourada
num limbo de luz; sonho.
Um sonho acordado, uma insónia
ou um sonho irreal que minto dentro?
Não te quero escutar coração voraz
sigo os sentimentos em que me perco
sonhando com ela na luz baça 
que no morro me guia aos braços dela.
Sonho regaços como o dela onde nino
no semear de palavras doidas cálidas e feridas
colando nos lábios dela o meu amor.
Corpos malucos enfunados no roer do prazer
trazem suores e lágrimas porque não posso tocar
Estendo a mão
mas o tempo passa sem olhar.
O sonho acabara na alvura do despertar.

Jorge d'Alte