quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014





Abro desalentado o armário
Procuro as gavetas que não tem
Mas que extraordinário!
Juraria que vi bem.
Então onde estão
essas minhas recordações?
As cartas são borratão
linhas  prenhes de emoções
que ensarilhadas e comprimidas
contam a alegria
caiem na tragédia das feridas…
Era isso que queria?
Então porque as procuro?
Onde está essa saudade?
Apalpo dentro o armário escuro
na ponta dos dedos encontro, a felicidade.



Jorge d'Alte