Abro desalentado o
armário
Procuro as
gavetas que não tem
Mas que
extraordinário!
Juraria que
vi bem.
Então onde
estão
essas minhas
recordações?
As cartas são
borratão
linhas prenhes de emoções
que
ensarilhadas e comprimidas
contam a
alegria
caiem na
tragédia das feridas…
Era isso que
queria?
Então porque
as procuro?
Onde está
essa saudade?
Apalpo dentro
o armário escuro
na ponta dos
dedos encontro, a felicidade.
Jorge d'Alte