domingo, 12 de junho de 2016



No meio do monte linda donzela
brincava sorrindo na manhã perdida
Sua face rosada tão pura tão bela
O fogo corava numa caricia

A flor cortada de um lindo encarnado
Ela colhia formosa e gentil
Depois lá voava na relva do prado
em busca de amores num mundo tão vil

Sentada nas margens do calmo ribeiro
Fazia raminhos com suave ardor
E á sombra de um antigo e frondoso salgueiro
um moço risonho lhe chamou "amor"
Ah! Seu principezinho encantado
Seus lábios beijava perdidamente
O aroma da bruma os envolveu
e juntos lá ficaram eternamente
gozando as delicias que Deus lhes deu
Minha donzela ó minha amada

Sobre as rochas sobre o mar
trancinhas fazia meiga e palpitante
pensando naquele que fora longe lutar
trilhando caminhos numa vida rude e errante

Sentada nas margens do calmo ribeiro
Fazia raminhos com suave fervor
E á sombra do antigo e frondoso salgueiro
O moço risonho lhe chamou "amor"
Ah! meu principezinho encantado
Ó minha donzela minha amada


Jorge d'alte