Vejo
um imbecil
sentado
por aí.
Não
dá conta do tempo
do
que se passa em redor,
com
cara de quem acaba
de
levar, com um ferro de engomar na cabeça.
Talvez
sofra de um sarilho com mulheres!
Está
escuro como tudo,
chove,
faz frio e em qualquer ponto do céu
ouço
uma voz a chamar.
Não
me preocupo muito,
pois
penso numa miúda meiga,
tem
tudo quanto se possa imaginar
e
fantasiar.
Ela
é a prece deste coração errante!
Porque
não contar novas
da
geografia desta menina?
Mediana,
com curvas como ninguém viu
em
nenhum compêndio de geometria.
Olhos
azuis profundos…
misteriosos…
que
quando nos olha
faz-nos
sentir cobras pela espinha,
acima.
Jorge d'Alte
Jorge d'Alte