quarta-feira, 20 de novembro de 2013










No ermo do longe
No toque dos céus
Havia magia
Trazendo à vida
A lenda antiga.

Diziam que era um feitiço
Esse tamanho encanto.
O seu olhar espraiado
Um imenso mar espelhado
Onde nos perdíamos.

Eu sei! Eu sei!
Que caí no encantamento.

No cimo adeja a flor branca
Solitária com seus espinhos,
Colhia ao sol se pôr,
Amei-a na lua cheia,
Chorei-a  na madrugada.....
Agora sei que tudo que começa se acaba.

Eu sei! Meu amor eu sei,
Que a distancia trás a saudade.

Parti de novo
Nessa devassa,
Sonhei que te abraçava
Nos beijos que te dei
Com as lágrimas  enfeitei
ai esse corpo tisnado
por afagos de sol quente
Acariciei peles arrepiadas
por sementes que semeei
não colhi ventos nem tempestades
mas rios de lava e mel.

Eu sei! 
Que amor é alegria e dor.

No ermo do longe
No toque dos céus
Havia magia
Entre tu e eu.

No cimo adeja a flor branca
com o bafo do amor que a encanta.
Sentado ao seu lado 
tocando esse rosto adorado
este teu amado suspira.

Eu sei amor! Eu sei
Que meu corpo e alma te entreguei
afoguei-me  nesse feitiço que me enlouqueceu
e agora sonho acordado na realidade
aquilo que o sonho me deu.



Jorge d' Alte










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