segunda-feira, 27 de março de 2017








Embora no teu olhar
não brilhe minh'alma
não deixarei de te amar!

Feiticeira que me encantas
envolta em casto véu
és o meu sonho d'um futuro
és sorriso que eu queria meu
És um sonho que a mente anceia
o brasido de um fogo latente
p'ra quando libertares teu gênio?
nos sopros d'aragem que nos enlaça
nos enlevos de quem sente.
És paixão que nos peitos se ateia
em mil encantos a desfrutar
mas teu coração no entanto
é estrela de outro céu
e tuas palavras de sussurro
são gozo dor pranto riso
e sempre que o vento soprar
em lágrimas gritarei a todo o mundo

embora no teu olhar
não  brilhe minh'alma
não deixarei de te amar!

Jorge d'Alte



sexta-feira, 24 de março de 2017









Ateus pés te pedi, amor
que me amasses como nunca vira
e no arfar deste teu níveo seio
me deixasses beber a tua dor
Como ginetes folgosos relinchamos
em prazeres que nunca sentira
entrelaçados em beijos ardentes reclamamos
pelo ardor que sobreveio
Ficarás sempre presente no meu fiel coração
deste-me um tenue adeus
Não ves a esperança que baila e se sente?
Fita nela os olhos teus
Sorri! dá-me essa mão!
Vais deixar-me neste adeus?
Mas tenho-te sempre onde quero, no coração!






Joege d'Alte

terça-feira, 21 de março de 2017







Que mundos eu vira, que enlevos sonhara
fogem pelos dedos o tudo e o nada
Nos trilhos do mundo na rota traçada
no turbilhão da vida ou tudo ou nada
Que mundos eu vira que enlevos sonhara
despojos traídos jazem na calçada
Que mundos sentira na droga fumada
chorei perdido no caos que me arrastava
Que  mundos descobrira
na ponta da agulha, no logro da vida caía caía
Que gozos gozara que o diga quem sente
no negro da vida á que ir enfrente
A luz fugaz que brilha adiante
separa esta vida no agora e no dantes
e no sopro da aragem erguendo-me aos céus
arranco ao caminho velhos sonhos meus
A magia de uma mão na hora certa
trazem salvação quando a morte aperta
Uns olhos radiantes cheios de pujança
trazem a esperança de um dia melhor........





Joege d'Alte

segunda-feira, 20 de março de 2017









Era Natal
na minha aldeia!
Por entre a neve que cai
uma Velha.
Seus passos murchos, arrastados
traçam na vida
um travo amargo.
Para quem tantas mágoas sofreu na vida
só o que a sorte lhe deu.

Era Natal
na minha aldeia
seus saudosos passos como ternos suspiros
cantam tristeza nos seus olhos feridos
A brisa soprando
abraça-a gelando
A folhagem murmura seu cântico gasto
apagando seu fogo outrora basto.



Jorge d'Alte

sábado, 18 de março de 2017

Na cor azul o sol brilhava
queimava peles nuvens e verduras
Na cor dourada os trigos acenavam
voavam tordos na madrugada que definhava
Na rua correndo o vento das agruras
nos olhos meus teus seios dourados me desafiavam
o copo caiu com estardalhaço ferindo bem o intimo
o amor transbordou correu célere por um momento
afinal o solo era pedra dura no minimo
pois esse calor de cores rubras da paixão roendo
feneceu atordoado por qualquer outro sentimento
quisera eu amar neste amor sofrendo.


Jorge d'alte