segunda-feira, 20 de março de 2017









Era Natal
na minha aldeia!
Por entre a neve que cai
uma Velha.
Seus passos murchos, arrastados
traçam na vida
um travo amargo.
Para quem tantas mágoas sofreu na vida
só o que a sorte lhe deu.

Era Natal
na minha aldeia
seus saudosos passos como ternos suspiros
cantam tristeza nos seus olhos feridos
A brisa soprando
abraça-a gelando
A folhagem murmura seu cântico gasto
apagando seu fogo outrora basto.



Jorge d'Alte

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