domingo, 30 de abril de 2017







Hoje perdi uma amiga!
A mágoa sufoca-me
A tristeza dói-me tanto
O meu coração que o diga!
Os sentimentos invadem-me
Num sofrer até quando?
Seus olhos deram-me a noticia
Sua boca como uma bofetada troou
Quando lhe pedi uma carícia
E escutei”não lhe dou!


Jorge d'Alte


Fotos retiradas do google free

sexta-feira, 28 de abril de 2017








Como te odeio!
Vejo a tua sombra pairando,
tenebrosa sobre mim.                           Teus olhos me devoram!
Tuas garras me afagam!
O carinho incendeia-me
Ai como te amo!
Gosto de ti no escuro da noite!
Desejo expectante, que me afastes as pernas
E aí, eu grito silenciosa, o meu amor
Quero mais e mais deste ardor
Puxo por ti!
Quero-te meu!
E no final deste incêndio, penso
Como te odeio meu amor!
Como gosto de ti meu estupor!
Já não sei o que fazer!                                         
Já não sei o que querer!
Mas longe de ti …não!!
Porque te odeio para sempre
E não te quero perder
Meu amor!


Jorge d'Alte

Fotos retiradas do google free


quinta-feira, 27 de abril de 2017





Como diamante
as características das pessoas
nem sempre se revelam
e com seu toque elegante
como coisas boas.
Estão lá, e ao nosso "eu" apelam.
         Coração de fogo!
         Cada um estranho e individual
         mas quanto mais facetado
         mais luz, cor, calor e frio, vida súbita e ardente fogo
         e neste aparente sem igual
         ali repousa até ser encontrado.
Somos cortados e lapidados pela vida
e por aqueles que encontramos
e na rota sofrida                                               
muitas vezes nos arrastamos.
Mas de vez enquando
surge a pedra extraordinária e de corte belo
e com este encanto
num reluzir sem paralelo
vale a pena conhecer, manejar

e amar!



Jorge d'Alte


Fotos retiradas do google free






quarta-feira, 26 de abril de 2017








Pode ser que seja uma bela mentira
Tudo isso que você nos diz
Mas temos certeza que você sonha
Como um otário de amor
Em algum lugar uns olhos lascivos, brilham
Em uma amostra de um sorriso
Fantasia e mistério estão lá
Todos os nossos sentimentos fogem
O coração bate forte, dentro
A ternura está, nas mãos que tocam nossa pele
A mente flui e gira ao redor, como um moinho de vento
Enquanto a boca, baixinho sussurra
Palavras de sabedoria e amor
Pode ser que fosse apenas um sonho!
Pode ser que seja apenas uma bela mentira!



Jorge d'Alte                            Fotos retiradas do google free


domingo, 23 de abril de 2017









Em alguns dias de primavera consigo ver o seu sorriso
Lá naquele céu onde os anjos voam
De muitas maneiras ela ainda está bem viva
Pois o amor que me deu eu guardei
Vejo o mundo nos passos que percorro e piso
Vejo nos olhos dela as dores que os povoam
Falam-me de lugares de que nunca suspeitei
Conta-me que a morte pode ser tão viva
Ela viu o mundo através do meu sorriso
Disse-me que o feitiço do sonho era o nosso caminho
Encontrou para lá das estrelas esse paraíso
Levou-me na brisa que foge como frágil raminho
De mãos dadas levando-me ensinou-me a voar
Lá naquele céu onde os anjos voam
O sonho fora o meio de me alcançar
E agora juntos voamos onde os anjos voam.




Jorge d'Alte

Fotos retiradas do Google free




quinta-feira, 20 de abril de 2017





No meio da selva
Um grito de dor
Cada um  atira
Palavras afiadas
Que se torna no sangue
E as ruas são rios
Cheio de trapos de ódio e raiva.
A neve branca e calma
Cai em pétalas, devagar
Passos perdidos que assinalam uma vida
Em seu canto, uma brincadeira infantil
O brinquedo é uma arma verdadeira - tudo bem!
É tudo o que eles sabem
Tudo o que eles precisam para jogar
E seu dia é a noite.
Suas almas vazias
Não têm alegria e amor
Quando as armas cantam - é rock and roll
E eles dançam entre tiros
Caindo na terra, olhando o céu
Então Deus acorda                                                    
Envia seus anjos - pergunta o porquê?
As canções dos pássaros
São baladas que não conhecem
Um mar turbulento
Dentro cresce
Ondas de cegueira
Que vem e vai
Como poderiam ouvir
Os sentimentos na tempestade
Esta é a luta cheia de saudações                    
E as ruas são rios
Cheio de trapos de ódio e raiva
Crescem à medida que as árvores crescem
Seus braços são cachos
Sem folhas nem flores
E sempre serão crianças
Mas seus sorrisos são armadilhas
Onde a caça cai
E as ruas são estreitas
Onde as sombras se tornam demônios                        
Corvos de almas
Gangue de tolos


Jorge d'Alte


Fotos retiradas do google free

terça-feira, 18 de abril de 2017













Não sei como aconteceu
Cresceram asas de traça
Bateram até à lua
Mas estou aos pés de Deus!


Jorge d'Alte

fotos retiradas do google free









domingo, 16 de abril de 2017





Descia a rua a procissão do Senhor
levava nos corações uma professa Fé
Ramos agitam-se na melodia
entre pés grandes e um pequenino
No final a cruz no andor!
Chovem pétalas floridas junto á Sé
Vozes juntas numa harmonia
embalam minh'alma de menino.


Jorge d'Alte



Fotos retiradas do Google free












sábado, 15 de abril de 2017












Um dia vieram do lado do vento ghibli qual tempestade de areia, com fouces de vampiro e garras afiadas e duras impondo o medo.
Entraram nas ruinosas casas, despiram portas, janelas e trastes por ali
Pegaram nas crianças arrastando-as pelo chão agreste e transformaram-nas num guerreiro!
Balas de metal oxidado mataram uma , mataram duas; as outras acederam vendendo seu corpo ás balas para salvarem a vida.
Enfiaram-lhes armas, punhais e granadas e como quem leva gado para o matadouro, puseram-nas na frente da batalha.
Tantos corriam pela areia escaldante sentindo a deslocação do ar causada pelas bombas que explodiam,
As balas pequeninas não se viam só se sentiam, e uma e duas e muitas duas e mais uma criança caia ficando por ali gemendo ferida, calada na morte ou estropiada
Zayn de metralhadora ao ombro rezava a Alá para que o protegesse.
Quisera que a sua vida fosse um oásis onde poderia beber da água da Sabedoria. Seu sonho era vestido de bata branca ajudando e sorrindo,levando paz ás dores que a todos afligiam.
Ao seu lado, parte do seu sonho combatia.
Raissa era moça plena de vida e juventude. Um pequeno corte ardia sem fogo na sua face bela. Uma forte explosão caiu do céu como tira vidas e ela foi mais uma delas.
Zayn correu para ela entontecido tanto pelo surdo estrondo, como pela dor da perda.
Enraivecido despejou o seu carregador, lançou granadas ao deus dará clamando por Alá e Raissa.
O gesto do seu desespero foi encontrado dias depois num corpo perfurado,  num rosto pleno de raiva e vontade.

(Quem eram estes moços ! quem os amara? )



Jorge d'Alte     


FOTOS RETIRADAS DO GOOGLE FREE



sexta-feira, 14 de abril de 2017









A brisada manhã soprou
na orla do caminho que eu trilhava
guiando meus passos sem destino
juntando nossos rostos numa gota                        
             Num sopro de vento esvoaçamos
             no murmuras das ravinas deste rio
             vida que cresce e se divide
             no trilho do nosso destino


            Quando te senti ò doce gota
            murmurando dentro de mim
            soube que ias ficar
            ao meu lado, dentro de mim.
                                                                                 
O sol da alegria brotou
das sombras do caminho que eu espreito
guiando meus sentimentos no destino
juntando nossas bocas neste beijo
             Num golpe de emoção esvoaçamos
             no murmurar dos escolhos deste mar
             amor que cresce, cresce como ramagem
             em frutos doces deste amar


Jorge d'Alte


Fotos retiradas do google





quarta-feira, 12 de abril de 2017




Embarcara finalmente num voo de horas em que na sua mente se congeminava o pior cenário.
Os corredores mergulhados na luz mortiça, pareciam estreitarem-se cada vez mais estrangulando-o, tal como a sua voz o fazia, pois as palavras não saíam e entupiam estupidamente o seu peito.
Diante de uma das portas do alvo corredor, várias pessoas conversavam baixinho. Lá estavam algumas raparigas que presumiu serem da escola e outras pessoas mais velhas que deveriam ser talvez da família da sua namorada. Escutou murmúrios à sua chegada mas não ligou. O seu coração rebentava e a palavra saiu um pouco histérica quando viu a sua mãe que saíra pela porta e se dirigia para ele
– Mãe! – A Emília?
– Anda meu filho; ela tem estado à tua espera - entra!
Abriu de mansinho uma outra porta que dava directamente para o quarto onde Emília estava deitada na brancura dos lençóis que a cobriam, com dona Fernanda sentada ao seu lado.
Penosamente esta levantou-se cambaleante ficando de pé olhando sem vida para ele, baixou a cabeça, retirando-se de seguida, pois fora um pedido de sua filha, para que quando Manuel chegasse os deixassem a sós.
Manuel escutou a voz tão adorada chamando por ele:
– Manuel! – Meu Manuel  - chegaste por fim…
Este caíra de joelhos ao lado da cama branca, enterrando o seu rosto entre as mãos de Emília, que jaziam prostradas no seu regaço. Logo levantou a cabeça e fazendo das tripas coração conseguiu sorrir levemente e ternamente depositou um beijo como nunca o tinha conseguido fazer, onde todo o seu amor, a sua angústia, a sua ternura fluíam, levando alguma cor ao rosto exangue de Emília.
- Amor, já sabes o que se passa comigo? – Não sei como tenho aguentado esta espera por ti…- sabes que vou ter de partir? – Vá, não chores, pois o tempo escasseia e temos muito de que falar.
Fechou os olhos por um momento, suportando sem ruído um espasmo de dor, que como abalo sub-reptício a fez estremecer.
Manuel olhava-a sereno, agora que a tinha ali e escutava as suas palavrasVai partir? - É assim tão grave? - Meu Deus, porque a quereis tirar-me? Ia pensando Manuel apertando com paixão as mãos geladas da sua companheira.
- Desculpa mas não consigo conter-me…mas eu estou aqui contigo e só por ti meu amor…só não consigo compreender tudo isto que nos aconteceu…foi tão diabolicamente rápido…
- Há doenças que quando se manifestam ou damos por elas já não têm remédio nem cura.
Tentei lutar contra ela por ti meu Manuel, mas ela é mais forte do que eu e sugou-me quase toda a minha vida deixando apenas este corpo como farrapo, mas consegui travá-la até há tua chegada. Queria voltar a ver-te, sentir-te…despedir-me de ti e partir com a imagem do teu rosto, e o calor da pessoa linda que és…amo-te muito, como nunca pude imaginar ser possível…todo este tempo juntos foi como viver num casulo cheio de felicidade, onde eu e tu nos completamos como um único ser, um gão de poeira neste universo do sentir e o nosso amor foi grande e transcendente quase a perfeição…
- Sabes? - Tenho uma última vontade a pedir-te? - Escuta bem o que te vou dizer agora
- Eu sei que há alguém que te ama muito, para além de mim… promete-me Manuel, que quando estiveres preparado e a conseguires descobrir, tudo farás para a fazer feliz e seres feliz também. - Onde eu estiver velarei por ti e esfumar-me-ei na altura devida para te dar um novo espaço…um dia quando a altura chegar voltaremos a estar juntos, prometo-te! … Gostaria que um dia quando a luz também se apagar nos teus olhos, queimassem os nossos ossos e misturassem as nossas cinzas… agora beija-me rápido…
Manuel foi arrancado do seu torpor pelas palavras ansiosas e aflitas de Emília e debruçando-se sobre ela, encontrou os seus lábios arroxeados abertos para ele.
Durante uns minutos sentiu uma força devoradora que encheu a sua alma de uma paz inigualável, enquanto as mãos se apertavam como num último espasmo de força e de vida.
 Sentiu de súbito o aperto afrouxar e o seu nome ser pronunciado num último alento, como brisa de vento que passa, nos refresca e não volta mais – Manuelllll!
Soubera nesse momento que tudo tinha acabado.
Sonhos e sonhos ruíram como castelos de areia.
Emília partira e gritou alto o desespero que lhe ia na alma; toda a sua frustração, toda a sua ira e raiva, virado para o crucifixo que havia na parede por cima da cama onde jazia a sua amada.

Depois almas caridosas entraram de rompante e levaram-no dali para a salinha onde o sentaram num pequeno sofá.


Jorge d'Alte

( Excerto de livro da minha autoria)



terça-feira, 11 de abril de 2017









A luz comia o espaço entre sombras correndo lesta atrás da bola que corria por ali perdida ao sabor da brisa.
Os olhos abriram-se avermelhados no OH! de lancinante de angustia.
Tentou mexer as pernitas que não sentia, soltando soluço atras de soluço.
Mas quem o poderia ouvir se a madrugada morrera e calara toda a vida?
Passou a mão pelo seu rosto pequenino. A mão colara sangue escuro e vermelho vivo e ele ficou ali olhando estupefato para os seus coloridos dedos.
Perto de si sem repirar o o seu irmão mais velho Almir de 15 anos não se mexia, torcido que estava sob a enorme pedra que quase o escondia.
Quis gritar os eu nome e não pode como também não se pode erguer para ajudar.
Samira!
Murmurou num rouco e prolongado esgar dorido.
Os olhos queriam adormecer nas forças que escorriam por ali mesmo ao seu lado. O mar vermelho , sabia-o não era ali, na poça que aos poucos aumentava.
A cabeça tombou com num baque surdo de parco ruido.
Fechou os olhos para dormir.Tentou puxar o lençol mas não estava ali. Nem a sua linda cama  que Omar e Laila lhe tinham comprado.
O sonho tropeçou por ali como carro numa estrada cheia de buracos. Ora vinha ora ia ao sabor das dores sem esperança.
Samira! - chamou. Tinha onze anos e era a sua namorada.
Porque não vinha? porque não o abraçava? Ela estava ali dormindo em paz e podia ver o seu doce sorriso.
Acorda que quero dar-te o beijo que nunca te dei!
A dor puxava-o para cima e ele não sabia voar. Onde estavam as suas asas brancas para seguir o ponto de luz que esperava por ele bem por cima de si,tão lindo e tão quente.... e a musica bela de mil e uma trombetas?
A bola corria na ponta dos seus pés fintando e voltando a fintar no auge da adrenalina. queria ser como o seu ídolo Ronaldo.
O sorriso dela estava ali por fim:beijou-o pela primeira vez e voou ao seu encontro.
De mãos dadas entraram no céu.
A bola correra sozinha e estava ali na ponta do pé quando o encontraram.

(Quem eram estes moços? Quem os amara?)


Jorge d'Alte




Fotos retiradas do Google


segunda-feira, 10 de abril de 2017




Olá!
Baby, você quer dançar?
Eu sou um rapaz triste e solitário
E eu preciso de você, linda
Deixa tua cabeça aninhar-se nos meus ombros
Voe nas ondas da música
Fortemente me aperte contra seu corpo quente
Deixe-me sentir que você me quer
Deixe-me sentir o seu desejo
E eu sonho, sonho, sonho.                                               

Tu baby!

Me dê uma chance
De me sentir bem de novo
Não um pouco de dor
Não uma lágrima que desliza profundamente
Perdida como chuva
Deslizando em uma estrada escura de distância.
Deixe-me sonhar, sonhar o sonho
Me dê vida, amor seja minha luz do sol
Eu serei sempre um eterno sonhador, sonhador!




Jorge d’Alte



FOTOS RETIRADAS DO GOOGLE






domingo, 9 de abril de 2017





Eu tinha a forma de um pássaro                        
E eu voei para frente
Minhas asas de anjos
Eram fogo no sol poente
Descrevendo desenhos no céu; coisas!
Memórias profundas fechadas como filho
Que cresce no útero
Em algum lugar meu túmulo frio
Esconde os ossos
Desfeitos.
Pela brisa dos tempos
Desfeito!

Pó ao pó como a história reza
Lágrimas frias de luto deslizando pelos dedos
E o vento dos mortos enrola a minha alma                              
E a carne seca enquanto estou no céu como uma alma  
Desfeito!


Jorge d'alte








Fotos retiradas do Google

sexta-feira, 7 de abril de 2017










Se houvera  crime  ele espelhava-se ali
Gritos e choros corriam
O desvario surdo sem passos soava a morte
contorcidos nos seus corpos minguados e moles eles eram a dor.
Algures houvera a sorte
Uma voz pequena apelava aqui
outra soluçava quando fugiam
Onde estivera esse Amor?
O gás nevoento não batera á porta
entrara por ali como ladrão de almas
envenenara tudo e todos nas calmas
como Deus que não se importa
Traçou o destino
impôs o martírio
Algures alguém sem restea de tino
é culpado de genocídio atrós
Clamam justiça estes miúdos do povo Sírio
Caiam cabeças agora, não no infinito após.

(Quem eram estes moços? Quem os amara?)


Jorge d'Alte

sábado, 1 de abril de 2017









Tristes são as manhãs de hoje
em que o canto das aves
dá lugar ao suspirar moribundo
de tantas crianças inocentes deste mundo.
Ouvem-se gargalhadas caindo em novelos
sobre níveos ombros e negros cabelos
brinca-se na mira com a criança que foge
abate.se seu peito em nome de um mundo em que não cabe
O fresco orvalho da manhã caindo
pérolas lindas de um brilhante alvor
juntam-se aos gritos das mães e da dor
Cobre-se do vermelho que se vai esvaindo
corpos mornos, caídos, outrora viçosos
agora gelados a apodrecer.
Quem eram estes moços?
Quem os amara?
Tanta dor a doer
quando a fumaça se dissipara.

Era um dia ameno
de risonhas cores e o céu sereno
quando um poder louco se abateu
pleno de medo , raiva e vontade
resta chorar resta a saudade
e perguntar porque aconteceu.
Era um dia ameno
de risonhas cores e o céu sereno
quando as crianças então morreram
plenas de vida, sonhos e vontades
resta só dor restam saudades
e perguntar porque  morreram.


Jorge d'Alte