sábado, 1 de abril de 2017









Tristes são as manhãs de hoje
em que o canto das aves
dá lugar ao suspirar moribundo
de tantas crianças inocentes deste mundo.
Ouvem-se gargalhadas caindo em novelos
sobre níveos ombros e negros cabelos
brinca-se na mira com a criança que foge
abate.se seu peito em nome de um mundo em que não cabe
O fresco orvalho da manhã caindo
pérolas lindas de um brilhante alvor
juntam-se aos gritos das mães e da dor
Cobre-se do vermelho que se vai esvaindo
corpos mornos, caídos, outrora viçosos
agora gelados a apodrecer.
Quem eram estes moços?
Quem os amara?
Tanta dor a doer
quando a fumaça se dissipara.

Era um dia ameno
de risonhas cores e o céu sereno
quando um poder louco se abateu
pleno de medo , raiva e vontade
resta chorar resta a saudade
e perguntar porque aconteceu.
Era um dia ameno
de risonhas cores e o céu sereno
quando as crianças então morreram
plenas de vida, sonhos e vontades
resta só dor restam saudades
e perguntar porque  morreram.


Jorge d'Alte

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