sexta-feira, 7 de abril de 2017










Se houvera  crime  ele espelhava-se ali
Gritos e choros corriam
O desvario surdo sem passos soava a morte
contorcidos nos seus corpos minguados e moles eles eram a dor.
Algures houvera a sorte
Uma voz pequena apelava aqui
outra soluçava quando fugiam
Onde estivera esse Amor?
O gás nevoento não batera á porta
entrara por ali como ladrão de almas
envenenara tudo e todos nas calmas
como Deus que não se importa
Traçou o destino
impôs o martírio
Algures alguém sem restea de tino
é culpado de genocídio atrós
Clamam justiça estes miúdos do povo Sírio
Caiam cabeças agora, não no infinito após.

(Quem eram estes moços? Quem os amara?)


Jorge d'Alte

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