quarta-feira, 31 de maio de 2017







Parti por breves instantes
Abracei a lua minha dama
perguntei-lhe onde estava a chama
esse sentir dos amantes.

Oh! Desilusão!
Afinal não está lá mas no coração.



Jorge d'Alte


fotos do google free


segunda-feira, 29 de maio de 2017

MÃE











Ela era pois já foi
amortalhada na primavera
foi sonho que restou
lágrimas que choram o que dói
o que foi o que era
por isso aqui estou.


Jorge d'Alte

fotos retiradas do google free



sexta-feira, 26 de maio de 2017






Conheci hoje a primavera.
Estava sentada e vestia o verde da serra
Seus lindos cabelos eram azuis
e dos seus olhos de fogo, nascia o sol
As suas mãos suaves eram andorinhas        
que se moviam afagando as flores
O seu sorriso era feito de luar
e a sua voz de rouxinol.
Mas chorava orvalho
que caía, que rolava, que se ia                    
que se esfumava....
Conheci a primavera no dia em que partia.



Jorge d'Alte











Fotos retiradas do google free     











quarta-feira, 24 de maio de 2017







Á hora certa
Quando a saudade aperta
Fico ali
Sonhando acordado
Teu rosto, Li                                                        
Teu sorriso amado.
Meus olhos vogam
Como gaivotas sem destino.
Pairando no ar rodopiando, revogam
Toda a tristeza sem tino                                          
Toda a amargura
de um partir sem adeus
Toda a langura
Da amizade que me deu
E agora
a esta hora
quando a saudade aperta
estou aqui e fico alerta!
Será que ouço os passos do teu escrever??
Será que te vou voltar a ouvir e a ver?
Mas á hora certa
Quando a dor me aperta
Estou aqui sonhando acordado
Teu rosto….Li
Teu sorriso esfumado…
A nossa amizade
Até á eternidade!

                                                   
Jorge d'Alte










Fotos retiradas  do google free

segunda-feira, 22 de maio de 2017














Voando nas asas do meu sonho
vi um rosto lindo de mulher
que com lábios rubros me sorria
ai feitiço que me cativou
Por ti um gozo na vida
com doce sabor no coração
afeição nunca sentida
bem fundo cavou seu lugar
qual punhal me ferindo

Voando no dorso agitado
deste sentir em tropel desenfreado
chorei nos teus seios por amor
ai feitiço que me cativou
Com doces fadigas de paixão
sulquei este céu
ó magica estrela
e em agonia tormentosa
me encontrei perdido neste suspiro
que do peito junto aos lábios veio morrer....



Jorge d'Alte




Fotos do Goggle free

sexta-feira, 19 de maio de 2017









Na praia sentindo a fina areia
comichando sob os meus pés
olho esperançada para este horizonte sem fim                        
tentando escutar o meu canto de sereia.
As ondas deste mar, resvalando no seu vaivém
levam e trazem-me noticias desse alguém.
Ali fico muda,vendo o passar das marés
escutando esta voz surda cá dentro
como um bichinho sedento,
sentindo o sol poente os meus lábios beijar
a bruma quente das saudades erguendo-se enovelada no ar
e na brisa que sopra revolta correndo para mim
escuto teus passos amizade
e a magia da fantasia deste sonhar.
E de novo na realidade
lanço um último olhar
bebo sôfrega este momento
e como num renascimento                                        

lanço este meu grito ao ar
è tempo de amizade mas também de amar!

Jorge d'Alte

segunda-feira, 15 de maio de 2017
































Um campo flamejante de ondulantes papoilas,
sem fim.
O universo negro como a solidão, range de nascimentos
infinitos.
A mente criativa e ufana, sonha com o poder do cosmos,
Humanos!
O Sonho Criou tudo isto, o amor e o ódio, o bem e o mal, a alegria e a dor
Deus!
Então, porquê o castigo da morte?
Porque há a Vida?



Jorge d'Alte

Foto retirada do google free





sexta-feira, 12 de maio de 2017











Comprei-a pelo jornal
Numa noite estranha de sexta-feira
A solidão a fome e a dor
Não se afogaram na garrafa bestial
Cobrei então o seu amor
Seu encanto juntos deitados no feno da eira
No calor da bruma do álcool soltei
Lágrimas secas sem vida
Tanta dor tive e enfrentei
Neste gesto de mata fome sem saliva
Agora percorro a cidade
Entre chuva vento e frio
Deixando para trás a mocidade
Morrendo sempre mais um pouco em cada gesto que crio


Jorge d'Alte

Fotos retiradas de google free


quarta-feira, 10 de maio de 2017









Pela estrada vai sorrindo, formosa,
nos seus anos poucos, buscando aventura
Pela estrada vai sorrindo ao vento
olhando em volta, presa ao tempo
Uns olhos vê!
Seu coração salta!
Enfim a aventura, e um corpo que a encanta     
Joga o seu charme
e o seu sorriso de menina.
Seu príncipe não vê a sua luzinha.
Triste espera, hoje, ontem, amanhã!
Sua luz se acende em mil e uma centelha
Ele vai a passar, e não a vê!
Seu olhar sofre.
O príncipe lá vai, rindo, garboso,
de cabelos ao vento.
Olha para mim! Grita por dentro.
Olha para mimmmm!
Uma lágrima corre
 e mais outras se soltam em desalento.
Seu príncipe lá vai, sorrindo, garboso

de cabelos ao vento…



Jorge d'Alte

Fotos retiradas do google free







segunda-feira, 8 de maio de 2017













Mil e um rostos sorrindo
Em olhos que se cruzam sem se verem.
A luz veio súbita, envolta em mistério
Charme!
Sim! É isso que me cativa.
Simplicidade!
É isso que me choca.
Sigo com o olhar o seu corpo ondulante que se vai….
A luz surgiu da musica que envolvia o ar que respirávamos,
E o seu perfume enlaçou-me e dançou comigo
No longo olhar que trocamos.
Ah! O seu sorrir contou-me sem palavras
Aquilo que os corações pediam, e o tempo não dava.
De novo se iluminou a noite!
Lá estava o sorriso cativante!
O “ show” era o jogo que ela jogava
O “ prémio”, a alegria e a simpatia que a cercava.
De novo nos olhamos suplicantes
Num sentimento esfusiante e ardente,
Mas no íntimo sabíamos
Que tudo o que tínhamos ali, estava latente.
Uma saudade imensa me invadiu,
No adeus que se seguiu
Uma dor se me cravou fundo
Quando no despedir, me deu a sorrir
Todo o seu amor na lágrima
Que correu célere no seu rosto,
Só para mim.




Jorge d'Alte


Fotos retiradas do google free




domingo, 7 de maio de 2017








Os copos entrechocam-se
a festa ruge
as gargantas ardem no etílico
as mentes estão plenas de névoas
a euforia chegou                                    
grito a melodia
mas o coro acabou
Negro!
é tudo o que vejo
chamaram-lhe solidão.
A calçada ecoa
leva passos cabisbaixos
do meio da sombra
a madrugada cresce                                       
o sol renasce
e tu amor




Jorge d'Alte       


quinta-feira, 4 de maio de 2017





                                                                         


Sentei-me no empredado
reuni passos números e letras
vi este mundo quadrado
embrulhei-me em teias de tretas
o sol raiou no nascente
olhos verdes de suaves campos
trouxe-me novas deste efervescente
trouxe-me teus lábios e encantos                           





Jorge d'Alte            

terça-feira, 2 de maio de 2017










Escuta com cuidado o teu coração
A centelha da amizade arde pura
Mas em vez de um gesto de ternura
Magoas com prazer e sem remissão
As pessoas que de amigas te querem bem.
Lembra-te porém, que um dia pode chegar
Em que ao abrires os olhos para acordar
Olhes em volta, e a teu lado não tenhas ninguém.



Jorge d' Alte


Fotos retiradas do google free