terça-feira, 26 de janeiro de 2016







Havia uma flor a acenar
A canção do vento lá fora
Uma gota de ternura no olhar
Havia um rosto de lua

Havia um sorriso surgindo na névoa
Calor no beijo do sol que partia
Um sonho

no ar que me abraçava
Loucura!
havia saudade, havia ternura!

Havia tudo isto por partires
Havia tudo isto por te amar

Loucura!
Havia saudade, havia ternura!


Jorge d'Alte

terça-feira, 19 de janeiro de 2016









Mocetão sentado
De cabelo ao lado no rosto oval de leitosa pele
Os óculos de grandes
Enchiam seus olhos presos na inspiração
As orelhas finas de recorte fortuito brilhavam na pérola de brinco
Lábios trancavam quiçá
As palavras que desenhava dentro da alma
Dedos brincavam no carvão aguçado
Erguendo traços de imaginação
E a obra crescia entre sombras e luz de dia
A cabeça pendente deixava cair cabelos negros como chuva
Que sombreavam entre cinzas e negros
Os pés grandes e calmos cruzavam-se num abraço
Como abraçar era a férrea vontade ilustrada
Na bela e esbelta sempre menina esboçada


Jorge d’ Alte



quarta-feira, 13 de janeiro de 2016







A espera fora pouca depois de pagar
Os passo que me perseguiam tiveram voz
E o ensejo de me despertar.
Rodei o corpo como em câmara lenta
Enquanto que o meu rosto sofria numa emoção atrós
A beleza comia-me como boca sedenta
E os sorrisos colaram-se no olhar derretido
Perdi a noção meio perdido



Jorge d'Alte