terça-feira, 19 de janeiro de 2016









Mocetão sentado
De cabelo ao lado no rosto oval de leitosa pele
Os óculos de grandes
Enchiam seus olhos presos na inspiração
As orelhas finas de recorte fortuito brilhavam na pérola de brinco
Lábios trancavam quiçá
As palavras que desenhava dentro da alma
Dedos brincavam no carvão aguçado
Erguendo traços de imaginação
E a obra crescia entre sombras e luz de dia
A cabeça pendente deixava cair cabelos negros como chuva
Que sombreavam entre cinzas e negros
Os pés grandes e calmos cruzavam-se num abraço
Como abraçar era a férrea vontade ilustrada
Na bela e esbelta sempre menina esboçada


Jorge d’ Alte



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