Sinto
a agonia do
alento
a força
vencida gemendo.
Pinto
de olhos
fechados sem tento
este roer
insidioso que me vem comendo,
tornando os
segundos mais pequenos,
tirando o
presente ao futuro
em pôr-do-sol
serenos,
encostando a
minha vida contra esse muro.
Revejo-a em
alta velocidade,
como filme
proibido repassado
e aquilo que
construí numa eternidade
resumiu-se a
um efémero bocado.
Baço
é a minha
visão esvaindo-se
no agora,
para lá do além.
Faço
vejo meu amor,
teus olhos chorando sorrindo-se
e levo-os
comigo também.
jorge d'Alte