sexta-feira, 22 de abril de 2016









O raio rugido veio de surpresa
rachou minha alma ali ao meio
Visceras de sentires se esvairam
correndo desconexas no proscenio
Sufoco de soluços como luz acesa
iluminaram meu rosto que só eu leio
Tristeza e mágoas ali se dividiram
em dores e saudades, um milenio
O sorriso quebrou na lagrima caida
O olhar esse morreu na praia salgada
A onda que varreu forte e tudo levou
chocou forte em espumas no meu peito
Deixou no vazio a alma empedernida!
A musica suave e fresca da alvorada
que antes era som que me acordou
morreu desvairada no vazio do meu leito


Jorge d'Alte

quarta-feira, 13 de abril de 2016

RAIVA!











As ondas alterosas
invadem a minha costa
e na sua revolução aposta
deixar pedras areia
e a espuma raivosa da emoção
em correntes perigosas.
Não contente enviaste
ventos uivantes e ferozes
que me fizeram estremecer
mas não vacilei, não verguei
apenas ali te olhei como sereia
ondulando no pesar do esquecer
Deixei de ouvir essas vozes
histerismos de que ninguém crê
como fogo que se ateia
arrancando dores em feridas abertas
puz danado que em mim libertas
neste coração que um dia amado te viu e vê

jonel 06.01.10       Jorge d 'Alte

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Um dia ignorei!
Só agora eu sei
que aquela seria
a pessoa que eu mais queria
aquela que mais amei
mesmo que tivesse sido 
só e apenas por um dia
mesmo que se tenha ido
Só porque ignorei!

                    O amor veio com a luz do teu sorrir
                    com a ternura do teu olhar
                    Partiu numa tarde cinzenta
                    na gaivota que partia rumo ao horizonte

Eu sou assim
como cheiro de jasmim
entro no coração
sem pedir licença ou perdão
e depois ali fico no calor
chamam-me paixão outros amor!

                     Eu sou a tristeza
                     choro nos teus olhos  a tua dor
                     mas tenho a certeza
                     que se me pedires com fervor
                     faço com que a saudade
                     seja apenas nuvem na tua felicidade!

Tua resposta chegou
a uma mensagem antiga
Uma nova que me alegrou
pois sempre foste minha amiga!

                         Contigo dancei um dia
                         uma valsa chamada alegria
                         Nas voltas do seu rodopiar
                         e depois de muito te olhar
                         vi que o que sentia por ti
                         era tudo aquilo que nesse intimo vivi!

Chamaste a lua do amor
auscultaste o coração como doutor
Viste a alma que te abraçou
sentiste o desejo que te beijou
depois saboreaste-me e sorristes
chamaste-me amor e partistes
levando na alma  essa marca
que de todo o sentir se destaca!

                            Deram-me lápis e papel
                            palavras para escrever
                            chamaram-lhe poemas podes crer
                            áquilo que escrevi um dia
                            Apenas peguei no amor que sentia
                            na tristeza, mágoa e saudade
                            ilustrei-a com traços de sinceridade
                            e no final assinei  Jonel.

Jonel 20.02.10    JORGE d'ALTE