Os copos
entrechocam-se
a festa no auge ruge
as gargantas
ardem no etílico
as mentes
estão plenas de névoas
a euforia
chegou
grito a
melodia em gritos de alegria
mas o coro
acabou.
Já não há um tu e um eu!
Negro!
Negro!
É tudo o que
vejo
chamaram-lhe
solidão.
A calçada agreste ecoa
leva passos mornos cabisbaixos.
Do meio da
sombra
a madrugada
cresce viva
o sol renasce num novo dia
e tu amor?
Onde existes?
Jorge d'Alte
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