Ontem pairou um vento suspenso.
Ninguém vê a
cara desfeita em lágrimas,
há um inferno
que queima
e deixa
brasas que estralam na alma.
Essa negra
que te beijou
levou-te a
vida nesse beijo,
deixando um
tosco corpo sem sopro
velado ás
luzes das velas,
enfeitado de
rosas e malmequeres,
sem
borboletas azuis e amarelas
nem cantos de
pássaros ao desafio
bicos
risonhos em vez de dourados.
Triste
primavera foi essa onde o mundo parou,
onde a mágoa
cresceu,
caratatas do
desespero e da desolação.
A saudade
trouxe de volta esse cheiro perdido
esse calor
ardido quando se abraça e ama.
Jorge d'alte
Jorge d'alte
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