terça-feira, 14 de outubro de 2014





Uma chave para a porta,
tempo para me virarem do avesso,
para transmitirem pelo telefone
a mensagem do gravador.
Depois haviam-se limitado a esperar ali;
os anjos.
Não podiam correr o risco de permitir
que eu recebesse a mensagem.
Muito bem!
Compraram-me uma quinta sem luxo,
de um metro e oitenta de fundo,
um e oitenta de comprimento e noventa de largura.
As colheitas serão ervas daninhas,

e eu serei o adubo.



Jorge d'Alte

Sem comentários:

Enviar um comentário