sexta-feira, 3 de abril de 2015

   









Pequenos montes de serrania onde a vinha escorrega         


esbravejando pela míngua gota que dorida cai
onde oliveiras seculares se agarram em desespero
entrelaçando suas rijas raízes por entre pedras de terra
e como numa ilusiva entrega
cachos de uvas crescem como tempero
doando seu aroma etílico a esta serra.







Por ali e aí
a amendoeira acena                                                            
prendendo a nossa atenção
mas com toda a pena
lhe digo que só é bonita na floração.
Escuto a figueira                                                           
e mesmo que não queira
o zimbro selvagem é o rei da região
e no vento que sopra do suão
vem a promessa de chuva bendita                                              
que começa a cair em pinga-pinga fortuita
que se evapora e eleva nos ares
como doce aroma de maresia de distantes mares


Jorge d'Alte



   

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