Pequenos montes de serrania onde a vinha escorrega
esbravejando pela míngua gota que dorida cai
onde oliveiras seculares se agarram em desespero
entrelaçando suas rijas raízes por entre pedras de terra
e como numa ilusiva entrega
doando seu aroma etílico a esta serra.
Por ali e aí
a amendoeira acena
prendendo a nossa atenção
mas com toda a pena
Escuto a figueira
e mesmo que não queira
o zimbro selvagem é o rei da região
e no vento que sopra do suão
vem a promessa de chuva bendita
que começa a cair em pinga-pinga fortuita
que se evapora e eleva nos ares
como
doce aroma de maresia de distantes mares
Jorge d'Alte
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