quinta-feira, 17 de agosto de 2017

INCOMPREENSÂO
















A árvore sob o pano
Estendia seus tentáculos.
Os olhos numa ilusão óptica
Viam o vulto sem alma
Tentáculos vergados
Que se escapavam e floresciam
Um rosto sem pormenor
Sem qualquer traço de ter mudado.
Não tinha!
Sentia rebolar-se no gozo
Atirou a gargalhada ao ar.
Todavia havia qualquer coisa mais
Um novo motivo de satisfação
Que ainda não compreendia.
Viram-no parar do lado de fora
Olhando para cima e para baixo
Como que para decidir em que direcção.

(Teria um encontro marcado?)


Jorge d'Alte




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