quinta-feira, 3 de agosto de 2017

CIDADE












Paredes altas, tão altas que esganando apertam
Erguem-se num desafio aos céus
Competem com estrelas lá no breu
Torres de vida, que de luz doirada se iluminam
Babilônia de línguas que se mordem
Estroncando o silencio com intrigas
agrestes. Em baixo como formigas
Passos soam, como gongos que sacodem
Poeiras que racham vida, sem solidariedade
Trazendo olhos como focos cegos
Escondendo em interstícios, a verdade

Elevando na soberba nossos egos.




Jorge d'Alte




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