Pequenos montes de serrania onde a vinha
escorrega
esbravejando pela míngua gota que dorida cai
onde oliveiras seculares se agarram em
desespero
entrelaçando suas rijas raízes por entre
pedras de terra
e como numa ilusiva entrega
cachos de uvas crescem como tempero
doando seu aroma etílico a esta serra
e por ali e aí
a amendoeira acena
prendendo a nossa atenção
mas com toda a pena
lhe digo que só é bonita na floração.
Agora escuto a figueira
e mesmo que não queira
o zimbro selvagem é o rei da região
e no vento que sopra do suão
vem a promessa de chuva bendita
que começa a cair, em pinga pinga fortuita
que se evapora e eleva nos ares
como doce aroma de maresia de distantes
mares.
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