terça-feira, 18 de julho de 2017

COPOS








Um copo reluz
no meu horizonte encurtado
o seu aroma seduz
num sabor doce e frutado.
O calor ardente cai, subindo prenhe como um balão
adormecendo os sentidos
e de repelão
mesmo adormecidos
os sonhos fluem com o seu contar
ferem a memória
obrigam-nos a estremunhar.

Essa etílica história
que o copo contou
cai de novo no abismo em goles trágicos
mas apesar de cair, de novo se elevou
em vapores de sonho e momentos mágicos




Jorge d'Alte


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