terça-feira, 4 de julho de 2017

AQUELA MIÚDA







Vejo um imbecil
sentado por aí,
não dá conta do tempo
do que se passa em redor
com cara de quem acaba
de levar, com um ferro de engomar na cabeça.
Talvez sofra de um sarilho com mulheres!
Está escuro como tudo,
chove, faz frio e em qualquer ponto do céu
ouço uma voz a chamar.
Não me preocupo muito,
pois penso numa miúda meiga,
tem tudo quanto se possa imaginar
e fantasiar.
Ela é a prece deste coração errante!
Porque não contar novas
da geografia desta menina?
Mediana, com curvas como ninguém viu
em nenhum compendio de geometria.
Olhos azuis profundos…
misteriosos…
que quando nos olha
faz-nos sentir cobras pela espinha, acima.

Jorge d'Alte






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