Imagina um corpo recortado na penumbra,
Cheio de linhas douradas do contra luz.
Lança a tua fantasia no ar,
Retém a respiração por um momento…
Imagina o sorriso que não tem,
O olhar que não vês, a vida que não sentes...
Deixa a tua imaginação voar ao encontro do
desejo,
Deixa a emoção que te bate à porta fazer
parte do teu peito...
Sente esses lábios que não são,
Percorrer teu corpo como passos na
escuridão...
Deixa-os subir esses degraus até à tua mente,
Deixa-os enchê-la como balão prenhe dessa
música
Que a cada golfada sobe, sobe...
Deixa que rebente nesse cúmulo...
Apanha esses farrapos que como borracha caiem,
Que esticam a nossa pele no auge do que se
sente...
Imagina-te a voar num céu escuro onde não há
estrelas,
Só tu!
Imagina então...
Que deste vida a essa recordação,
E que ela está ali, sorridente como sempre,
Com a luz viva do seu olhar,
Com a vida a pulsar nesse bater,
Procura nos seus lábios o teu desejo,
A emoção que te enche o peito,
Abraça-a com todo o teu sentir,
Chama seu nome
Deixa-te ir!
Jorge d'Alte
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