A Lua mordida brilhava
no seu quarto
Era a testemunha!
Num recanto recôndito entre a flor e a folha
Sombras suavam deslavadas na alvura
Estavam agitadas na noite sem brisa
Como searas endoidecidas na ventania
Costas encrustadas na areia que picava insensível
Beijavam como beija-flores mamando
O néctar devia ser bom
Pois as palavras caídas eram doces, efervescidas
Rolaram agarradas soltando-se entre gemidos.
A nuvem cremosa acorreu esbaforida
Tapou os olhos da Lua, sua perdida
Também ela era testemunha.
Vai ser agora, murmuravam quietas árvores, arbustos
Até a flor que no alvor se abria.
O sol veio lampeiro na ajuda aquecendo.
Na areia junto á rocha e ao monte
A mãe aconchegava o prematuro.
Jorge d’Alte
Era a testemunha!
Num recanto recôndito entre a flor e a folha
Sombras suavam deslavadas na alvura
Estavam agitadas na noite sem brisa
Como searas endoidecidas na ventania
Costas encrustadas na areia que picava insensível
Beijavam como beija-flores mamando
O néctar devia ser bom
Pois as palavras caídas eram doces, efervescidas
Rolaram agarradas soltando-se entre gemidos.
A nuvem cremosa acorreu esbaforida
Tapou os olhos da Lua, sua perdida
Também ela era testemunha.
Vai ser agora, murmuravam quietas árvores, arbustos
Até a flor que no alvor se abria.
O sol veio lampeiro na ajuda aquecendo.
Na areia junto á rocha e ao monte
A mãe aconchegava o prematuro.
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