sexta-feira, 13 de agosto de 2021

ARDIA

Ardia no frio que se fazia sentir
Não bruxuleava como a chama quente
Ardia apenas num amor sofrido
calando na penumbra sombria da alma
a dor calma cruciante e insistente.
A voz perdida afagava-a no amago
Era apenas amor o que sentia.
O frio crestava-a na lua cheia intensa.
Cheia estava a sua alma escutando
tentando discernir os passos e não o eco
os passos que de mãos dadas 
os levariam para lá da madrugada.


Jorge d'Alte

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