Não quero que
a luz nasça.
Quero que a
noite cresça.
Nas sombras
não há rostos
nem sorrisos
alvos.
A fealdade é
igual;
só a alma em
arco-íris
se destaca garrida,
pingas que
saltam
veladas de
magias.
Unidas são
mares
sem fundos de
abismos
bocas com
cantares de passarinhos,
e nos ninhos
aconchegados
nós carne
entumecida,
marionetes
ardentes do luar,
morremos ali
no prazer,
como onda
rebentada que se veio
e se vai.
Jorge d'Alte
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