Sorri-lhe,
E ela
sorriu-me também.
Deitada na
cama olhos brilhavam de malícia.
Debaixo do
lençol alvo,
A camisa de
dormir espreitava…nada mais.
Encantadora!
(a sua
nudez estava por ali)
Acendi um
cigarro, aspirei o fumo e soltei-o…
Devagar.
Sou capaz de
te matar, como consegues resistir-me?
Diz-me que
sou bonita!
Vá!
O meu olhar
seguiu-a trocista…
Apetecível e
convidativa e a minha depravação…
Sabes o que faria?
(fui eu
que falei)
Preferia que
o fizesses e te calasses! (a resposta foi dela e não minha)
Beicinho de
carmim…um pouco de lascívia.
Estou capaz
de te matar, rapaz!
A almofada
rebentou em penas de passarinhos azuis,
sobre mim.
Promessas só
promessas! (gritou)
Carne crua e
de sedosa pele tisnada
Abraçou o meu
pescoço,
Lábios
sequiosos se deram…
Depois perdi
a cabeça, o tempo parou.
Amo-te!
Ouvi-a dizer,
quando a porta bati.
Os degraus
caíram na escuridão levando-me,
Dali.
O “ também eu
“ que ouvi-me dizer, morreu
Nos sons
batidos dos meus passos,
Que corriam
atrás de mim.
Acendi um
cigarro, aspirei o fumo e soltei-o…
Devagar.
O meu rosto
falava…
Jorge d'Alte
Jorge d'Alte
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