segunda-feira, 24 de novembro de 2014





O tédio,
Estava ali!
Vislumbrava-se no meio dos nervos.
Era como plataforma de espera,
Onde nada se faz, mesmo pensar.
Pedra granítica, cinza e fria
Tolhendo a alma
Depenada, no bulício da rotina.
E ali estava eu, como camafeu (talvez reluzindo)
No apogeu, 
Nem vivo nem morto,
Apenas absorto, num faz-de-conta-que-estou-vivo.
Puxei instintivamente a caneta de prata forjada,
Pousei o bico no papel vazio, cheio de treitas como ideias
Rabisquei a primeira palavra com a tinta esfacelada
Como a alma minha,
E por ali me fiquei…
“Tédio”!


Jorge d'Alte










Sem comentários:

Enviar um comentário