terça-feira, 2 de junho de 2015





















As preces percorreram bocas desgraçadas
Caídas na aflição em gritos arrancados na alvorada macia
Os barcos passaram um a um até à pedra quebrada e velha do cais
Com cores desbotadas pelas intempéries
No meio da névoa evolada da água revolta.
Senhora dos Mares ficara algures para lá de lá; tragada
O mar do longe ondulante irado e desdenhoso cobrara vidas
Em troca de sardinhas reluzentes e prateadas
Apregoadas “vivinhas” em ruas e vielas cheias de vida.



Jorge d'Alte

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