domingo, 21 de fevereiro de 2016





Hoje vi-te tal como és!
um ser ínfimo que se julga um deus
O teu ódio iluminou-te de lés a lés
matando esse amor nos olhos teus

Tua boca proferiu como terramoto
palavras doentias que crestaram
essa alma que não sente e só no remoto
arde tão pequena que a tragaram

E agora só, grita espumando                                                
que não dissera o que disseram
que era um coração que mesmo odiando
amava-me tanto, tanto e no final eram
palavras e palavras apenas, sem sentido
que tinham magoado aguilhoado e ferido
este meu coração que em amor se entregara
Palavras duras que meu peito rasgara
Lançando-me num abismo tão profundo
Onde o negro breu sorve o meu mundo


Jorge d’Alte

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