Era um barquinho feito de papel
vogava a corrente atrás do sável
Suas redes de pesca eram tão finas
teias de aranha tecidas nas matinas
O pescador era uma criança
Sonhava sonhos cheios de esperança
Fazia contas soletrava letras e sons
brincava com as cores em vários tons
Era um barquinho feito de papel
escutava a canção tinindo em sua pele
Embalado ferrado no soninho
ele via o mundo como um grande ninho
Ovos eram eles remexendo e aprendendo
Voos eram os poentes entardecendo.
Era um barquinho feito de papel.
Jorge d'Alte
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