A garota que brilhava com a primavera
era a mesma que fascinava a alvorada.
Era vê-la junto ao regato melodiando
esfregando a roupa que na pedra espera
Sua face tão bela, branca e acalorada
sorria desejos em lábios de sonhos redopiando
Num recanto na pedra esverdeada
o cachopo mastigava a palha de trigo colhida
indiferente aos sons da natureza e á geada
revirava seus olhos pardos num breve delírio
A canção cantada seráfica e divertida
enchia seu peito, seu nome emergia na meada
Seu sorriso levou-lhe o amor, suas mãos um branco lírio.
Jorge d'Alte
Sem comentários:
Enviar um comentário