O tempo tirou-me a infância
trouxe-me a idade mais longa
que percorro. Um qualquer poente
me trará não um sonho novo
mas as trevas da morte.
Para quê pensar no destino
se estou num novo sonho
limbo de pele e coxas
de lábios e mamilos
e palavras que roo na doçura
nas madrugadas despertas no consolo.
Olho meu lado teu corpo tisnado que afago
O sono num sorriso teu desperta
Abraço-o em palavras novas, chamo-o
e como amante vivo-o.
Jorge d'Alte
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