quinta-feira, 19 de setembro de 2024

A CHEGADA

Era um mar sem fim
não tinha horizonte que o parasse
de onda em onda surfou
até que morreu junto á janela.
Uma casa de pedra e pau e sim
havia flores e musgo que bastasse
Nada havia mudado desde que o mar parou
era a casa dela
um amor que nunca feneceu
Contadas estrelas luas e sóis
a sombra passada voltara a esse céu
de novo haveria festa e lençóis
um enterrar das saudades desse corpo
um renascer da madrugada
esse rasgo sem luz nem nada, que absorvo
esse amor que singro com a minha amada.


Jorge d'Alte

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