Se não formos amanhecer assim
como pássaros dados ,no ninho
então não quero nada.
A manhã postara-se fria, escura
com um céu deslavado em tons de cinza
Vai que não vai as nuvens corriam altas
alternando com piscos de sol e o vento que as varria
era o mesmo vento que me varria a alma
endoidecendo-me de paixão, emoção; loucura
Era o que era, loucura mordendo-me os lábios
gritando-me nos olhos numa boca insubmissa.
As palavras eram letras entretecidas no âmago do coração
musica sublime de uma valsa dançada nos linhos
Um, dois, três
Um, dois, três
e os corpos rolavam acima das nuvens, acima da orgia.
Se não formos amanhecer assim
em corpos agarrados e dados
então não quero nada.
Jorge d'Alte
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