domingo, 13 de abril de 2014








Pequenos montes de serrania onde a vinha escorrega
esbravejando pela míngua gota que dorida cai
onde oliveiras seculares se agarram em desespero
entrelaçando suas rijas raízes por entre pedras de terra
e como numa efusiva entrega
cachos de uvas crescem como tempero
doando seu aroma etílico a esta serra.
Por ali e aí a amendoeira acena                                                   

prendendo a nossa atenção
mas com toda a pena
lhe digo que só é bonita na floração.
Escuto a figueira
e mesmo que não queira
o zimbro selvagem é o rei da região
e no vento que sopra do suão
vem a promessa de chuva bendita
que começa a cair em pinga-pinga fortuita
que se evapora e eleva nos ares
como doce aroma de maresia de distantes mares







Jorge d'Alte

















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