terça-feira, 22 de dezembro de 2015

UM SONHO DE NATAL











A Lua esquecera-se de aparecer
Algures as sombras abraçaram a noite deleitadas
Correndo ruas e vielas esfumadas
Deixando o sono crescer


A noite esbraquecera pelo frio
O corpo jazido em posição fetal
Sonhava que um dia houvera para si natal
E o sorriso aquecera sua face de geadas tantas
As memorias corriam livres como o rio                                  
Via olhitos cativantes de suas crianças
Via a saia rodada girando e o vento das tranças
Via a bola correndo na ponta do pé e o corpo gingando
Mas a névoa envolveu-o quando o sol despontando
Lhe mostrou o que restara de ódios e vinganças tantas
Os olhos despertos apertavam a dor de um coração
E os soluços quiseram saltar livres na emoção
Uma mão traquina nuns olhos risonhos
pegara sua mão através dos sonhos


Jorge d'Alte







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