quinta-feira, 19 de outubro de 2017

TRÁGICO DIA








Os primeiros raios despiram a noite
Alegrando a alvorada morna e húmida.
Por lugares esconsos corpos caíram quedos pela mão do fogo.
Não quiseram enterrá-los num lugar vazio
Sem memórias ou recordações.
Lágrimas de ácido, choradas para fora
Como chuva numa asa
Contam a saudade, a impotência, o ato covarde
E nós pobres privados da ilusão
Não temos sorrisos, apenas a pele e um pão.


Jorge d'Alte




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