Finalmente a chuva morreu,
Talvez cansada de tanto bater nas vidraças.
O sol apoderou-se da minha alma
O sol apoderou-se da minha alma
Vestido de pele dourada e cabelos de ouro.
Os olhos verdes tinham-me levado até à praia
Onde nos encontrávamos emaranhados
Como algas atiradas e repousando na areia cálida..
As ondas cavavam poças de louca espuma
As ondas cavavam poças de louca espuma
Arranhando a areia como unhas desesperadas.
Meus olhos fascinados gemiam com a tua beleza
Meus olhos fascinados gemiam com a tua beleza
Enquanto por dentro a confusão era generalizada
Um cocktail de emoções e sentimentos.
A nuvem apressada que passou fora apenas um amuo
A nuvem apressada que passou fora apenas um amuo
Toldara o teu sol no pico de verão.
Mas foi quando as folhas se soltaram mudando de cor e humor
Mas foi quando as folhas se soltaram mudando de cor e humor
Que tu meu sol correste para o mar
Num por de sol empolgante, deslumbrante e fugidio
E acabaste por te afogar para lá da linha do nosso horizonte.
Por mais que percorra as praias e os por de sol nunca mais te encontrei
Por mais que percorra as praias e os por de sol nunca mais te encontrei
Agora que a chuva renasceu e me bate nas vidraças
Percorro os ventos da memória
Tentando colher de novo o teu calor
Em alcovas misto de esperança sonho e amor.
Jorge d'Alte
Jorge d'Alte
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