O sonho fora um espasmo
Criado no seu sono nu
Iluminara a mente com pasmo
Desenhara no linho cru
O rosto do desejo
Tudo o que invejo
Pois sou solidão no meio do ermo
Os lábios movendo-se em rimas de amor
Deixaram na noite noctívaga no seu termo
Mãos trémulas enlaçadas no seu pudor.
Jorge d'Alte
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