quinta-feira, 21 de setembro de 2023

OLHOS

O vento voa nas palavras que respiro
Nas memórias que castigo nas solidões que trago.
Meus olhos azuis viris e sedentos
clamam visões de lábios raiados frementes
de "carmezins" danados que nos levam no tempo.
Olhos que brilham nas perolas choradas
de um amor escondido apertado na garganta
que dói como o caraças como espinho encravado.
Olhos que a veem sorrindo e beijando
bailando no silêncio de palavras armadas de ternura 
o abraço que queria meu mas era do danado.
Olhos que olham a janela aberta e escura
á chuva e ao vento para não falar do frio
mas sem o vislumbre da sombra adorada sem sorriso.
Quantas vezes a chamei, quantas vezes supliquei
quantos sonhos escrevi nas sombras sem palavras saídas.
Olhos que se cruzam gaiteiros e devassos
deixando perfumes promessas e sorrisos.
Olhos que estacam nos dentes níveos do sorriso dado
Olhos de duvidam...será?


Jorge d'Alte 

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