De nudez em riste
num corpo cárneo de pálido mate,
sem sangue
corrido
icebergue
erguido em roupas guardado,
bateu na
porta da morte
entre frestas
com giestas,
soluçantes de
rosas perfumadas.
Ofuscado pelo
de lá desconhecido,
rodou a chave
desse céu, onde em vez de estrelas
há castigo,
fogos anunciados
de infernos terríficos
e purgatórios
gritantes de suplicas celestiais.
Abriu com
ruído perro
na nuvem
perene que esvoaçava por de baixo,
a porta de
São Pedro.
Descalço
palmilhou por caminhos sem chão
na macilência
de existir,
esse caminho
velado, apertado com travos de tenaz
e frio de alva
e agora jaz,
debaixo da terra encimada
na sesta
eterna, à sombra da cruz,
enterrada.
j
Jorge d'Alte
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