Onde vivemos
descorados
vergonha
amarga de já não termos nada,
e soberania
hipotecada.
Puseram-nos
nus no meio do mapa
onde as
nossas peles suam a escravatura.
Afonsos nos
elevaram, Henriques nos deram sonhos,
mundos nos
admiraram.
E no mas?
A besta veio
disfarçada
Meteu a mão
nos nossos bolsos,
tirou-nos a
tanga, em pelota
pôs-nos à
rasca.
Com pele de
carneiro
dá -nos lobos
tapa olhos
e ri-se por
detrás do maléfico sorriso
da boa fera. .
Pobre terra
de Lusitanos com outrora,
sem presente,
nem amanhã,
definhando!
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