sábado, 8 de agosto de 2015




Quando as noites caem longas
e as sombras choram o que foram
enquanto a solidão nos veste de farrapos de tristeza
e o ânimo esvaindo se esmorece
como freio puxado com furor
Desperta de novo em ti essa semente
torna-a num novo sonho que te alimente
cria asas de voo em tempos desiguais de ventos
revolta-te aguenta e resiste
Por vezes tudo parece errado
mesmo o sorriso que está ao teu lado
mesmo quando o corpo resignado se entrega
à dor que nos esfrega por dentro
não desistas!
As ondas que sentes rugindo a teus pés
são tormentos nublosos como a mente só
e as velas que se incendem como memorias
são estrelas que contamos de vida e pó
Quando a solidão te apertar
e o soluço se  soltar como cavalo desenfreado
não resignes a alegria na vida
mesmo quando a sentires perdida
Eleva tua canção de nostalgia com amor
despe esses farrapos de tristeza com fervor
recebe a mão amiga como alvorada que te acaricia
esboça o sonho e o sentimento como novo jogo
não soltes essa mão que te abriga
oh não!
nunca desistas!

Jorge d' Alte

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