segunda-feira, 24 de agosto de 2015






Era uma gaiola o que me prendia
Construi-a no dia a dia com os nossos sonhos
Alimentei-me de sentimentos, feridas, ilusões e mágoas
Vendi desilusões como prostituta por esquinas, bares e travessas escuras
Sonhei formigueiros de estrelas e luas nuas de faces negras
Deambulei por labirintos de sorrisos cheios
Mal sabendo que fio da vida de tanto esticar se romperia
Agora pasmo na imensidão da liberdade onde tudo é possível
E por ser possível quero o impossível
Voltar à minha gaiola e viver.

Jorge d’Alte







Sem comentários:

Enviar um comentário